Avaliação técnica das ocorrências do e-Estado não lançadas no SIF
Data de elaboração |
26/02/2023 |
---|---|
Responsável pelo estudo |
José Lucas da Silva Costa |
Equipe do estudo |
João Pedro Rocha Brito (Assessor); José Lucas da Silva Costa (Analista de Desenvolvimento Full-Stack) José Henrique dos Santos Nogueira (Assessor); Daniel Ribeiro Camboim de Oliveira (Assessor); |
Alvo | Sistema de Frequência e e-Estado |
Origem |
Algumas ocorrências, ex: abono pecuniário não são lançadas na frequência. |
Objetivo |
Avaliar tecnicamente a origem e a razão do problema |
Documentação Correlata |
Sem documentações. |
Observações |
Sem observações. |
- QR code: é um código de resposta rápida.
- Token: são códigos únicos para prover autorização ou identificação.
- API:
- Endpoint
2. Introdução
O sistema de férias SID é um importante componente do gerenciamento de recursos humanos do Governo do Estado de Rondônia. Quando uma férias é marcada no SID, uma ocorrência é enviada ao e-Estado, que cuida do cadastro e do gerenciamento de RH dos servidores. A partir daí, o sistema SIF consome essas informações para gerenciar a frequência dos servidores.
No entanto, às vezes o SID falha ao enviar informações de ocorrência, o que pode levar a problemas no registro de frequência dos servidores. Especificamente, quando um abono é marcado no SID e a ocorrência correspondente não é enviada ao e-estado, a frequência do servidor fica sem essa informação, o que pode resultar em erros no pagamento.
Por esse motivo, este estudo tem como objetivo identificar a falha no sistema que leva à não transmissão de ocorrências de abono pecuniário do SID para o e-estado, a fim de melhorar a precisão e a confiabilidade do gerenciamento das frequências dos servidores envolvidos.
3. Análise e proposta de solução do problema
3.1 Falha na transmissão de ocorrências
O problema em questão é a falha na transmissão de ocorrências do SID para o e-estado. Isso ocorre quando um abono é marcado no SID e a ocorrência correspondente não é enviada ao e-estado, resultando em problemas visualização das ocorrências na frequência dos servidores.
3.2 Indisponibilidade da API de assentamentos
O e-estado possui um endpoint específico para assentamentos, vejamos:
Fonte: https://e-estado-api.master.local/swagger/
Em alguns casos, a API pode ficar indisponível, o que pode levar a uma falha na transmissão de ocorrências do SID para o e-estado. Nesses casos, a informação de abono pecuniário pode não ser corretamente armazenada no banco de dados do e-estado e, consequentemente, não ser devidamente processada pelo sistema SIF, resultando em falhas no controle de frequência do servidor.
Essa falha pode ocorrer porque o sistema SIF e o SID não estão preparados para lidar com essa resposta inesperada da API do e-Estado. Ou seja, não existe uma lógica de tratamento de exceções que possa identificar o problema e alertar os usuários ou administradores do sistema para que tentem novamente enviar as ocorrências com falha.
Como resultado, a falha pode passar despercebida e só ser identificada quando ocorrer uma auditoria de frequência, o que pode prejudicar a eficiência do controle de frequência e comprometer a gestão de recursos humanos.
Portanto, é essencial que sejam implementadas medidas para garantir que os sistemas SIF, e-estado e SID estejam preparados para lidar com situações de falha na transmissão de ocorrências, por exemplo, por meio da implementação de uma lógica de tratamento de exceções ou de rotinas de verificação da disponibilidade da API do e-estado. Dessa forma, será possível garantir uma gestão mais eficiente e precisa das informações relacionadas às férias dos servidores.
3.3 Envio manual de assentamentos do SID
Uma das principais limitações do SID é a dependência do envio manual das ocorrências pelo usuário, o que pode resultar em esquecimentos e inconsistências nos registros, vejamos a tela que faz o envio manual a seguir:
Fonte: SETIC-RO
Embora o SID não permita a edição dos assentamentos enviados, a abordagem manual pode ser suscetível a esquecimentos, já
que os usuários podem se esquecer de enviar algumas ocorrências, resultando em falhas no controle de frequência do servidor ou atrasos no processamento das informações.
Além disso, o envio manual das ocorrências pode levar a um aumento no tempo necessário para o processamento e registro das informações, já que os servidores responsáveis pela inserção dos dados precisam dedicar tempo para realizar essa tarefa manualmente.
Por outro lado, se o envio de ocorrências fosse automatizado, a transmissão de informações seria mais precisa e eficiente, permitindo que as ocorrências fossem processadas em tempo real, sem atrasos ou inconsistências.
Dessa forma, a automatização do envio de ocorrências do SID para o e-estado poderia aumentar a eficiência do controle de frequência do servidor, garantir um registro mais preciso e confiável das informações de férias e evitar esquecimentos que possam comprometer a gestão de recursos humanos do estado.
Portanto, é importante que o governo do estado de Rondônia considere a possibilidade de investir na automatização do envio de ocorrências do SID para o e-estado, a fim de melhorar a eficiência do sistema e evitar esquecimentos que possam prejudicar a gestão de recursos humanos do estado.
3.1 Estrutura de banco de dados do SID
A estrutura de banco de dados do SID é composta por várias tabelas que armazenam diferentes tipos de informações relacionadas às férias dos servidores. Uma dessas tabelas é a tabela de assentamentos, que registra todas as ocorrências relacionadas às férias dos servidores, incluindo os abonos e outras informações importantes.
Os assentamentos são registrados em uma estrutura padronizada que permite a fácil identificação de informações como o período de férias, a data de início e término do abono, o valor do abono e outras informações relevantes. Essas informações são importantes para a contabilidade de horas trabalhadas, o planejamento de recursos humanos e outras atividades relacionadas à gestão de pessoas no governo do estado de Rondônia.
Além da tabela de assentamentos, a estrutura de banco de dados do SID também inclui outras tabelas que registram informações como os períodos de férias dos servidores, as solicitações de férias e outras informações relacionadas às férias e ao gerenciamento de recursos humanos no governo do estado de Rondônia.
Em resumo, a estrutura de banco de dados do SID é essencial para o gerenciamento eficiente e preciso das informações relacionadas às férias dos servidores do governo do estado de Rondônia. A tabela de assentamentos em particular é importante para registrar as ocorrências de abonos e outras informações relevantes para a contabilidade de horas trabalhadas e para a gestão de recursos humanos em geral.
3.2 Da página de validação de assinaturas
As páginas para validar assinaturas digitais e confirmar a autenticidade de documentos ou mensagens são ferramentas importantes para garantir a segurança e a confiabilidade das comunicações eletrônicas. Essas páginas geralmente são oferecidas por autoridades certificadoras, organizações governamentais ou empresas que fornecem serviços de certificação digital.
A validação de assinaturas digitais é feita por meio de algoritmos criptográficos que verificam se a assinatura digital está associada ao certificado digital emitido pela autoridade certificadora. Esse processo garante que o conteúdo da mensagem ou do documento não foi alterado após a assinatura e que o signatário é realmente quem ele diz ser.
As páginas de confirmação de autenticidade, por sua vez, permitem que o destinatário de um documento ou mensagem verifique se ele foi realmente emitido pela pessoa ou empresa que afirma tê-lo enviado. Isso é feito por meio da verificação do certificado digital usado para assinar a mensagem ou documento.
Em geral, essas páginas funcionam de forma bastante simples. O usuário que deseja validar uma assinatura digital ou confirmar a autenticidade de um documento deve acessar a página correspondente e inserir o código ou número de série do certificado digital usado para assinar o documento. A página então verifica se o certificado é válido e se a assinatura digital corresponde ao conteúdo do documento ou mensagem.
É importante ressaltar que as páginas de validação de assinaturas digitais e de confirmação de autenticidade são ferramentas importantes para a segurança das comunicações eletrônicas, mas não são infalíveis. É sempre importante adotar outras medidas de segurança, como o uso de senhas fortes, a autenticação em dois fatores e a criptografia de dados sensíveis.
3.3 Da estrutura atual de banco de dados da certidão
Uma estrutura de banco de dados é um conjunto organizado de dados que são armazenados e gerenciados em um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD). Essa estrutura é composta por diversas entidades que são representadas por tabelas, e cada tabela contém um conjunto de registros que representam uma instância de uma entidade.
Cada tabela possui um conjunto de colunas que representam os atributos ou características da entidade. Por exemplo, em uma tabela de clientes, as colunas podem incluir o nome, endereço, número de telefone e e-mail.
As tabelas são relacionadas entre si através de chaves estrangeiras, que são utilizadas para estabelecer relações entre os registros de diferentes tabelas. Por exemplo, uma tabela de pedidos pode ter uma chave estrangeira que se relaciona com a tabela de clientes, indicando qual cliente fez o pedido.
Além disso, um banco de dados pode incluir outros elementos, como índices, procedimentos armazenados, funções, visões e gatilhos, que ajudam a otimizar a manipulação dos dados e a garantir a integridade e consistência dos mesmos.
Em resumo, a estrutura de um banco de dados é composta por um conjunto de tabelas que representam entidades, cada tabela possui colunas que representam atributos, as tabelas são relacionadas entre si por chaves estrangeiras e o banco de dados pode incluir outros elementos adicionais para otimização e manutenção dos dados.
Compondo esta introdução técnica, verifica-se que o Boletim Mensal de Frequência - BAF, tem um composto da seguinte estrutura de banco de dados:
Fonte: Banco de Dados (SIF)
A estrutura de banco para homologações (que equivale a assinatura) seria:
Fonte: Banco de Dados (SIF)
Um ponto que chama atenção nesta estrutura é que o BAF é armazenado no banco de dados, a decisão de salvar dados binários (como imagens, arquivos de áudio, vídeo, entre outros) no banco de dados depende de vários fatores, como tamanho dos arquivos, quantidade de acesso, necessidade de integridade e segurança dos dados, entre outros.
Embora seja possível armazenar dados binários no banco de dados, isso pode ter algumas desvantagens em relação a armazenar os arquivos em um sistema de arquivos. Isso ocorre porque, em geral, os bancos de dados não são otimizados para armazenar grandes quantidades de dados binários e podem ter problemas de desempenho e gerenciamento de memória quando isso ocorre.
Além disso, armazenar dados binários no banco de dados pode aumentar o tamanho do banco de dados, tornando a manutenção e backup mais complexos e demorados.
Por outro lado, existem casos em que é necessário armazenar dados binários no banco de dados, como quando há requisitos de segurança e integridade dos dados. Em tais casos, é importante garantir que o banco de dados seja configurado corretamente e que as políticas de backup e recuperação sejam aplicadas adequadamente.
Portanto, a decisão de armazenar dados binários no banco de dados deve ser tomada com base nas necessidades específicas do projeto e após uma avaliação cuidadosa dos prós e contras. É importante considerar fatores como desempenho, integridade e segurança dos dados antes de tomar uma decisão.
3.4 Das necessidades para concluir a demanda
De acordo com a documentação acostada do Assine Aqui temos as seguintes possibilidades:
- Assinar um documento
- Assinar com token
- Revogar assinatura
- Revogar token
- Revogar por documento
- Validar assinatura
Analisando essas funcionalidades é possível deduzir que a integração é possível, mas devemos lembrar que o Assine Aqui utiliza o Gov.Doc que é um ambiente para armazenar documentos, ou seja, o documento até então não pode se situar em outro ambiente externo para ser assinado, que é a problemática atual do SIF.
O fato de o Assine Aqui utilizar o Gov.Doc para assinar documentos pode representar um desafio, já que isso significa que o documento precisa estar disponível no ambiente em que o Gov.Doc está integrado. Se o documento estiver situado em outro ambiente externo, como o SIF, pode ser necessário transferi-lo para o ambiente em que o Gov.Doc está integrado antes que possa ser assinado.
No entanto, é importante observar que essa é uma análise preliminar com base em informações disponíveis e que a viabilidade da integração dependerá de vários fatores, incluindo a compatibilidade dos sistemas, a disponibilidade de APIs e a capacidade técnica das equipes envolvidas. Portanto, é recomendável que uma avaliação mais detalhada seja realizada antes de determinar a viabilidade da integração entre esses sistemas.
4. Conclusão
O presente ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR, elaborado pelos integrantes TÉCNICOS do time TITÃS, considerando a análise dos desafios técnicos envolvidos e citados, conclui pela VIABILIDADE DO ASSINE AQUI DE MODO CRITERIOSO, uma vez que foram considerados os potenciais benefícios em termos de eficiência e também os problemas envolvidos. Em complemento, os contratempos identificados são administráveis, pelo que RECOMENDAMOS o prosseguimento da demanda. Ressalva-se que o ideal é haja prudência devido os boletins mensais de frequência serem uma documento sensível.
5. Referências
- KORTH, H. F.; SILBERSCHATZ, A.; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de dados. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
- SETIC. Manual Documental da API do Assine Aqui. Documentos SETIC, 03/10/2022. Disponível em: <https://documentos.sistemas.ro.gov.br/books/spikes-estudos-tecnicos/page/assine-aqui-manual-documental-da-api-do-assine-aqui>. Acesso em: 26/02/2023.