Analisar possíveis soluções para a correção das depreciações dos bens
Data de elaboração | 15/02/2023 |
---|---|
Responsável pelo estudo |
|
Equipe do estudo | Esquadrão Suicida |
Alvo | e-Estado/Módulo de Patrimônio |
Origem |
o que originou o estudo? usar alguma destas classes:
|
Objetivo | ex: diminuir tempo de atendimento adequando o padrão para 12 horas (dois dias de expediente de trabalho). pode-se utilizar objetivos smart |
Documentação correlata (opcional) |
|
Observações | observações gerais a respeito do estudo técnico |
Glossário (se houver)
1. Introdução
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisci elit, sed eiusmod tempor incidunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrum exercitationem ullam corporis suscipit laboriosam, nisi ut aliquid ex ea commodi consequatur.
2. Desenvolvimento
2.1 Funcionalidades necessárias
Para a realização da correção das depreciações existem duas possibilidades que serão apresentadas posteriormente.
Antes, para que seja mais fácil de entender, usaremos como exemplo para as soluções as depreciações do bem abaixo.
Figura 1: Exemplo de depreciações incorretas de um bem no e-Estado
Conforme evidenciado na planilha acima, na depreciação como está hoje há inconsistências no valor do bem, em alguns casos.
As situações identificadas que geraram esses problemas na depreciação foram as seguintes:
- O bem estava perdendo a sua taxa residual ao ser editado.
- Quando o bem entrava em guarda em outra unidade, o seu valor não era atualizado ao ser incorporado na unidade de destino.
- Ao devolver o bem em guarda, o valor avaliado não estava sendo atualizado ao retornar para a unidade origem.
Por conta dos problemas citados, todo o cálculo de depreciação acabava gerando as depreciações com valores errados visto que os valores utilizados como base para o cálculo estavam inconsistentes, seja por conta da taxa residual zerada, ou por conta do valor do bem que não foi atualizado corretamente.
Abaixo é possível ver qual deveria ser a depreciação correta para o caso da Figura 1.
Figura 2: Como deveria ser as depreciações do bem da Figura 1
2.1.3 Possíveis soluções
Abaixo serão apresentadas duas soluções, cada uma com suas complexidades e seus impactos. Importante ressaltar que ambas as soluções precisarão que a taxa residual do bem seja corrigida.
Portanto, o primeiro passo, independentemente da solução, é restaurar a taxa residual dos bens que tiveram esse informação perdida.
2.1.3.1 Solução 1
A primeira solução proposta é a mais simples de entender, porém a mais difícil de ser aplicada. Isso porque a ideia dessa solução é redefinir todas as depreciações dos bens que estão com as depreciações erradas.
Essa solução acaba afetando os valores do bens de forma retroativa, o que acaba por gerar inconsistência nos lançamentos realizados pela contabilidade, pois os valores já não serão mais os mesmos que foram consultados na época.
Essa é a solução ideal, porém a que mais tem impactos negativos.
A aplicação da solução é mostrada nas figuras 1 e 2, sendo a Figura 1 a depreciação atual e a Figura 2 a depreciação que o bem passaria a ter após a redefinição de sua depreciação.
2.1.3.2 Solução 2
A segunda solução proposta tem como ideia realizar o registro de uma depreciação em um determinado mês, onde o valor de depreciação mensal para esse mês específico, e somente esse, será um valor que seja o suficiente para que o valor contábil líquido do bem seja ajustado.
Para ilustrar essa solução, podemos utilizar como exemplo, o bem apresentado na Figura 1. Utilizaremos o período de 02/2023 como ponto de partida, nesse período temos os seguintes cenários:
- Na cenário atual (Figura 1) o valor contábil líquido do bem é de R$ 999,39
- Na cenário atual (Figura 1), no próximo mês, o valor contábil líquido do bem seria de R$ 982,16
- Na cenário ideal (Figura 2) o valor contábil líquido do bem é de R$ 799,10
- Na cenário ideal (Figura 2), no próximo mês, o valor contábil líquido do bem seria de R$ 783,19
Precisamos, então, responder a pergunta: Como fazer com que o bem passe a ter o valor contábil líquido correto no próximo mês (nesse caso 03/2023)? Ou seja R$ 783,19 ao invés de R$ 982,16.
A solução é:
- Obter a diferença entre o valor contábil líquido do bem e o valor correto que ele deveria ter no próximo mês, ou seja R$ 999,39 - R$ 783,19 = R$ 216,2.
- Esse é o valor que deve ser depreciado no próximo mês (03/2023), fazendo com o que o bem passe a ter uma depreciação acumulada de R$ 216,2 + R$ 34,46 = R$ 250,66.
- Após isso é possível obter o valor contábil líquido correto do bem: R$ 1033,85 - R$ 250,66 = R$ 783,19.
Figura 3: Como ficaria as depreciações do bem após o lançamento de correção
Esse valor depreciado seria lançado uma única vez, especificamente para efetuar a correção do valor contábil líquido (VCL) do bem a partir do mês em que foi lançado. Assim, tanto nesse mês quanto nos meses posteriores o valor do bem estaria correto.
Porém, após o lançamento para correção do VCL, a próxima sequência de depreciação precisaria ser um pouco diferente, pois, afim de manter o valor contábil líquido correto, não seria possível utilizar a taxa residual do bem. Seria necessário calcular a taxa residual adequada para que tanto o valor de depreciação mensal quanto o VCL sejam os corretos, conforme é possível visualizar nas figuras abaixo.
Ao utilizar a taxa residual do bem, os valores de depreciações estarão errados, mesmo após o lançamento de correção.
Figura 4: Como ficaria as depreciações se utilizar a taxa residual do bem
Para evitar isso, é necessário descobrir qual a taxa residual que irá fazer com que o bem deprecie corretamente (nesse caso 10,6%, o que faz com a depreciação mensal seja de R$ 15,91).
Figura 5: Como ficaria as depreciações do bem se utilizar um taxa residual específica
Após isso, caso novas sequências de depreciações sejam geradas, os cálculos acontecerão da forma como deveriam, conforme a imagem abaixo:
Figura 6: Após as correções o bem passa a utilizar sua taxa residual nos cálculos
A partir dessas correções é possível visualizar nas figuras acima que o bem passa a ter o valor contábil líquido ajustado, estando, assim, em conformidade com a Figura 2 (a partir da depreciação de correção).
Por fim, com essa solução, seria ideal também que o valor avaliado do bem seja atualizado com o novo valor contábil líquido obtido a partir do lançamento da depreciação de correção, no caso do exemplo: R$ 783,19.
2.1.4 Outros casos
Existem casos de bens que deveriam ter depreciados, mas a depreciação nunca iniciou. As soluções apresentadas também funcionariam perfeitamente nesses casos.
2.1.5 Requisitos para aplicar as soluções
Independentemente de qual solução for escolhida, alguns requisitos são necessários para que a solução possa, de fato, ser aplicada. São elas:
- Criar um serviço de depreciação, responsável por centralizar todas as ações específicas de depreciação.
- Atualizar todas as funcionalidades do e-Estado que utilizam as regras de depreciação para que façam o uso do serviço citado anteriormente, seja para fins de consulta ou para iniciar/modificar/cessar. Isso irá garantir que, independentemente da funcionalidade (por exemplo: guarda, transferência), a regra de depreciação aplicada será sempre a mesma.
- Também será necessário verificar quais os outros sistemas que integram o e-Estado e que também fazem uso de depreciação, para que a mesma ação do item anterior também seja aplicada nesses sistemas.
- Por fim, criar um script, ou seja, uma funcionalidade específica que será responsável por aplicar a solução escolhida. Esta funcionalidade fará uso do serviço de depreciação.
2.2 Complexidade de cada funcionalidade
- Para o serviço de depreciação será necessário:
- A criação da estrutura do projeto.
- A definição de quais ferramentas serão necessárias para o processamento em background das ações de depreciação.
- A implementação da funcionalidade de iniciar a depreciação de um bem.
- A implementação da funcionalidade de cessar a depreciação de um bem.
- A implementação da funcionalidade de redefinir a depreciação de um bem.
- A implementação da funcionalidade de consultar as depreciações de um bem.
- No e-Estado será necessário fazer uma análise para encontrar todos os locais que fazem uso dos códigos de depreciação.
- Após isso, será necessário realizar a refatoração do código para que integre com o serviço de depreciação.
A nível de pontuação, cada funcionalidade teria uma complexidade 8 pontos, pois é um trabalho de refatoração muito grande e com regras complexas.
2.3 Possíveis problemas
Os possíveis problemas são diferentes dependendo da escolha da solução.
Na solução 1 o problema é referente aos valores que serão alterados de forma retroativa, o que irá ocasionar inconsistências nos relatórios. Pois os valores utilizados anteriormente já não serão mais os mesmos após a correção.
Na solução 2 o único problema não é exatamente um problema, mas apenas o registro de algumas movimentações incomuns, são elas: um valor de depreciação mensal fora do padrão e possíveis taxas residuais de depreciação diferente da taxa residual do bem, ambas realizadas para fins de correção do valor contábil líquido do bem.
3. Conclusão
A partir das soluções apresentadas é possível concluir que ambas as soluções resolvem os problemas de depreciação e que ambas tem suas vantagens e desvantagens, sendo a solução 1 a que irá corrigir todos os registros de depreciação e a solução 2 a que irá corrigir apenas a partir da data em que for aplicada.