[SEI][SPIKE] Análise da estrutura de Auditoria de Ações dos Usuários na Aplicação
CENÁRIO ATUAL
O Sistema Eletrônico de Informação é parte do projeto Governo Sem Papel, mantido pelo Estado de Rondônia, sendo utilizado para a geração e tramitação de processos entre secretarias. Economizando milhões em papel e impressão e acelerando o fluxo dos trâmites.
PROBLEMA
Com a ampla adoção pelas secretarias uma grande quantidade diária de dados é gerada. A versão utilizada possuí problemas conhecidos de performance e otimização e não pode ser atualizada devido a entraves burocráticos. O crescimento da utilização de recursos, principalmente de disco, gera dificuldades para a manutenção de logs, rotinas de backup, lentidão na aplicação e até mesmo alto custo para armazenamento.
OBJETIVO
Considerando a dificuldade da manutenção e sustentabilidade dos logs de auditoria gerados pela aplicação, este estudo tem como objetivo principal demonstrar como tornar sustentável o processo de auditoria no SEI, atendendo a estória de usuário registrada sob link https://app.pipefy.com/open-cards/458858849 .
RESULTADOS ESPERADOS
Para que seja possível atender ao objetivo principal, com este estudo espera-se:
- Identificar como estão organizados os registros de ações de usuário da aplicação;
- Propor abordagens que visam uma melhor organização destes registros;
- Fornecer subsídios para a continuidade do processo de manutenção dos registros de auditoria;
PREMISSAS
P1) Com os entraves burocráticos, hoje não é possível realizar correção via software, sendo necessárias a utilização de rotinas de banco;
P2) Os dados de ações de usuário são inseridos na tabela [dbo].[infra_auditoria], no database da aplicação SEI;
P3) Devido ao volume gigantesco de ações diárias realizadas ao se levar em conta a operacionalização por todos os utilizadores, esta tabela excede os limites do sistema gerenciador de banco de dados, fazendo com que a aplicação caia caso não sejam realizadas as remoções periódicas dos registros;
P4) Por se tratarem de dados de auditoria, utilizados por órgãos fiscalizadores, estes dados não podem ser excluídos, sendo realizado o expurgo dos dados.
CONDUÇÃO DO ESTUDO
Durante a condução do estudo, alguns desafios foram identificados, sendo necessária a exploração e o entendimento de algumas estruturas auxiliares. Neste caso, considera-se como exploração apenas a análise das estruturas que atendem aos fins propostos pelo estudo. Os desafios identificados e conceitos de entendimento necessário, neste estudo, são considerados Pré-Exploratórios e os resultados da exploração são definidos como execução.
ANÁLISE PRÉ-EXPLORATÓRIA
IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DOS REGISTROS DE AUDITORIA
Como primeira etapa deste estudo, torna-se necessário o aprofundamento do conteúdo presente na tabela sei.dbo.infra_auditoria. A consulta a seguir permite descrever a organização da tabela em questão.
SELECT
ORDINAL_POSITION as num,
CONCAT(TABLE_CATALOG,'.',TABLE_SCHEMA,'.',TABLE_NAME) as 'schema',
COLUMN_NAME as nome,
CONCAT(DATA_TYPE,' ', NULLIF(CHARACTER_MAXIMUM_LENGTH,-1)) as tipo
FROM INFORMATION_SCHEMA.COLUMNS
WHERE TABLE_NAME like 'infra_auditoria';
Como resultado desta consulta temos as seguintes informações:
num |
schema |
nome |
tipo |
1 |
sei.dbo.infra_auditoria |
id_infra_auditoria |
bigint |
2 |
sei.dbo.infra_auditoria |
recurso |
varchar 50 |
3 |
sei.dbo.infra_auditoria |
dth_acesso |
datetime |
4 |
sei.dbo.infra_auditoria |
ip |
varchar 39 |
5 |
sei.dbo.infra_auditoria |
id_usuario |
int |
6 |
sei.dbo.infra_auditoria |
sigla_usuario |
varchar 100 |
7 |
sei.dbo.infra_auditoria |
nome_usuario |
varchar 100 |
8 |
sei.dbo.infra_auditoria |
id_orgao_usuario |
int |
9 |
sei.dbo.infra_auditoria |
sigla_orgao_usuario |
varchar 30 |
10 |
sei.dbo.infra_auditoria |
id_usuario_emulador |
int |
11 |
sei.dbo.infra_auditoria |
sigla_usuario_emulador |
varchar 100 |
12 |
sei.dbo.infra_auditoria |
nome_usuario_emulador |
varchar 100 |
13 |
sei.dbo.infra_auditoria |
id_orgao_usuario_emulador |
int |
14 |
sei.dbo.infra_auditoria |
sigla_orgao_usuario_emulador |
varchar 30 |
15 |
sei.dbo.infra_auditoria |
id_unidade |
int |
16 |
sei.dbo.infra_auditoria |
sigla_unidade |
varchar 30 |
17 |
sei.dbo.infra_auditoria |
descricao_unidade |
varchar 250 |
18 |
sei.dbo.infra_auditoria |
id_orgao_unidade |
int |
19 |
sei.dbo.infra_auditoria |
sigla_orgao_unidade |
varchar 30 |
20 |
sei.dbo.infra_auditoria |
servidor |
varchar 250 |
21 |
sei.dbo.infra_auditoria |
user_agent |
varchar |
22 |
sei.dbo.infra_auditoria |
requisicao |
varchar |
23 |
sei.dbo.infra_auditoria |
operacao |
varchar |
Destacam-se em negrito as colunas mais utilizadas nos processos de auditoria, sendo descritas a seguir:
- id_infra_auditoria - identificador incremental utilizado como chave principal para localizar registros de ações de utilizadores no SEI;
- recurso - trata-se de um classificador que descreve qual ação foi realizada pelo usuário, como criar/abrir/modificar/excluir documentos/processos/blocos dentro da aplicação;
- dth_acesso - data e hora da transação;
- requisicao - este campo armazena os detalhes da transação que descrevem a ação do usuário na aplicação. Associado ao campo recurso, é possível identificar em qual documento/processo/bloco foi realizada uma ação.
IDENTIFICAÇÃO DAS ROTINAS DE EXPURGO
Foi identificada a rotina que realiza a remoção periódica dos registros da tabela infra_auditoria, sendo os comandos demonstrados e explicados a seguir:
ALTER procedure [dbo].[expurgo_infra_auditoria] as
declare @maxid int
declare @minid int
begin;
set @maxid = (select max(id_infra_auditoria) from sei.dbo.infra_auditoria)
set @minid = (select min(id_infra_auditoria) from sei.dbo.infra_auditoria)
insert into [aud_infra].[dbo].[aud_expurgo]
select * from sei.dbo.infra_auditoria
where id_infra_auditoria < @maxid;
delete from sei.dbo.infra_auditoria
where id_infra_auditoria < @maxid;
END;
Por se tratar de uma tabela com dados transacionais, as linhas 8 e 9, asseguram de que o expurgo será realizado no intervalo determinado, sem que ocorra a perda de informações durante o processo. Nas linhas 11 a 17, é possível analisar que a tarefa de expurgo consiste basicamente em três etapas:
- [L8] Selecionar o identificador de transação de usuário (id_infra_auditoria) mais recente (MAX);
- [L11~L13] Inserir todos os registros de transação até o identificador selecionado na tabela de expurgo;
- [L16~L17] Excluir os registros de transação até o identificador selecionado em 1.
É possível observar que esta rotina está sendo executada diariamente, sem histórico recente de qualquer tipo de alertas ou falhas. É interessante destacar que esta solução sana a premissa P3 e parcialmente a premissa P4, pois este volume de dados não mais impactará na aplicação, porém, a tabela [aud_infra].[dbo].[aud_expurgo] está setada para receber todos os dados de transações, sendo possível que a mesma sofra um crescimento considerável, tornando-a insustentável.
De posse dessas informações, o próximo desafio é identificar se existe uma rotina para que a tabela que receba os dados de expurgo não apresente os mesmos problemas da tabela sei.dbo.infra_auditoria, da aplicação.
IDENTIFICAÇÃO DAS ROTINAS DE CONSOLIDAÇÃO DOS DADOS EXPURGADOS
Após analise, não foram identificadas rotinas definidas para consolidação dos dados expurgados, sendo este o primeiro encaminhamento deste estudos.